Vai passar: por Manoel J De Souza Neto*

Trago uma reflexão que cheguei em conversas entre amigos, onde concluimos que as pessoas precisam de mais resiliência.
Não podemos ter nesses tempos nem angústia, paranóia e medo, muito menos apatia, descaso, ou paralisia.
Os riscos dessa pandemia estão na falta de temperança. A saída passa pela ação organizada, a rotina e os protocolos diários de cuidados consigo e com outros.
É momento de estabelecimento de metas de resolução de pendências da casa, do trabalho, ou outras questões que precisam ser resolvidas. Olhe no seu entorno, quantas coisas que você pode resolver nos meses que virão?
Essa pandemia pode prejudicar não apenas quem pega a doença. Mas especialmente quem não se organiza.
Vão faltar materiais variados. A higiene e alimentação podem se tornar falhas. Coisas simples podem faltar dentro de casa, otimizem seus recursos e materiais.
A infraestrutura pública vai falhar. A segurança da casa ou nas ruas pode estar ameaçada. A solução de coisas simples podem se tornar difíceis em meio a quarentena.
As questões pessoais podem ser afetadas.
A hora é de compreensão e de estreitamento de laços humanos. A empatia, compaixão, amizade e o amor são os sentimentos que mais farão falta e as únicas coisas que realmente salvam.
No entanto, não conseguiremos salvar o mundo. Não, sós. Mas se fizermos nossa parte, cuidarmos bem de nós e de nossos familiares, podemos talvez ajudar os amigos mais próximos e na comunidade os vizinhos mais frágeis (idosos, crianças e pessoas com dificuldades).
Não conseguiremos ajudar todos e nem mudar as relações gerais, ou influenciar as forças que determinam os resultados numa crise dessa magnitude.
Epíteto, filósofo Grego da Antiguidade ensinava o estoicismo, filosofia que entre outros princípios pregava a ideia de que devemos nos preocupar com o que está ao nosso alcance.
É na prática diária e determinada olhando para frente que passaremos por essa pandemia, comparada com um longo Tsunami.
Essa onda gigantesca arrasta tudo e estamos ilhados em cima de árvores. Quem descer será arrastado. Quando passar, a terra estará arrasada e teremos que nos preocupar em construir um outro mundo.
Fiquem firmes, vai passar.
*Manoel J. de Souza Neto:estudioso da Guerra Hibrida e Doutinra de Choque, escritor e agitador cultural. Promoveu estudos sobre jornadas de junho de 2013, e antecipou conflitos como o impeachment de Dilma, o projeto de capitalismo de catástrofe do governo Bolsonaro e recentemente previu a crise de pandemia e seus efeitos para o Brasil.

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1551 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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