Sábado (13) ato político e cultural “Mortadelada do PT” pela candidatura própria*

Imagem captada na Internet

Por Milton Alves*

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Curitiba vive nos últimos meses um amplo processo de debate sobre as eleições municipais deste ano. Novos fatos engrossaram o caldo do conflito interno: a decisão do Diretório Nacional de empurrar para a comissão executiva nacional a palavra final sobre a tática eleitoral e a desfiliação do ex-governador e ex-senador Roberto Requião do partido, ele defendeu uma candidatura própria enquanto estava no PT.

O adiamento da decisão reflete também dúvidas no interior da própria corrente majoritária do PT, a CNB, sobre a melhor opção de tática eleitoral para Curitiba, além dos desentendimentos com o PSB em diversas capitais.

Portanto, o quadro interno se encontra congelado até a próxima reunião da executiva nacional. Se os defensores da aliança com o deputado Luciano Ducci (PSB) agirem com algum senso de proporção do tamanho do desastre dessa condução autoritária e excludente, reorientam para a retomada do processo de consulta à militância e abrem o diálogo interno para a construção de um projeto estratégico do PT-PR para 2026-2030.

A resistência da militância de base foi o fator decisivo para impedir, até o momento, a consumação do apoio ao candidato direitista. O atropelo oriundo de decisão restrita e apressada do Grupo de Trabalho Eleitoral, passa por cima de todas as deliberações anteriores, como a suspensão do encontro municipal de delegados –, uma conduta que pretende impedir a deliberação pelo coletivo partidário da tática eleitoral do PT em Curitiba.

Em nome de quê se faz isso? A motivação é clara: alimentar a ilusão de que o governo Lula e o próprio PT podem ser defendidos por inimigos jurados de nosso projeto ou pela fajuta e diluída “Frente Ampla”. Uma política inconsistente, que desarma e desmobiliza a militância para a luta em defesa das transformações que o país precisa e para as próximas eleições municipais.

E o mais importante do ponto de vista da luta política em curso: não se combate o Bolsonarismo amarrando o PT às mesmas forças responsáveis pelo impeachment da presidenta Dilma, pela prisão de Lula e pela eleição fraudulenta de Bolsonaro. O nosso L é de Luta e Lula, e não de Lira e Luciano!

O Movimento pela candidatura própria do PT vai seguir apresentando em todos os espaços, as diferenças políticas que estão por trás da disputa em Curitiba, com o objetivo de fortalecer este campo que construímos para disputar os rumos do partido.

O PT de Curitiba tem uma história de lutas contra os poderosos, inclusive aqueles a quem corre hoje o risco de ser submetido. O PT de Curitiba tem em seu acervo político uma heroica vigília de 580 dias em defesa da liberdade de Lula e o combate ao Lavajatismo de Moro e Deltan Dallagnol. Ali, naquela luta, se viu quem estava conosco e não se viu quem estava contra.

A candidatura própria do PT é a melhor alternativa para unir e fortalecer o partido em Curitiba e a que mais favorece a acumulação de forças para as próximas batalhas.

*E no sábado, 13, o movimento realiza o ato político e cultural “Mortadelada do PT” pela candidatura própria, às 11h, na XV com Monsenhor Celso.

*Jornalista e militante do PT de Curitiba. Autor de “Brasil Sem Máscara – o governo Bolsonaro e a destruição do país”[Editora Kotter, 2022] e de Lava Jato, uma conspiração contra o Brasil” [Kotter, 2021].

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1551 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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