A história diz que o crescimento de um povo é intrínseco à estabilidade política e econômica e que, tal estabilidade depende de lideranças comprometidas em conduzir políticas que contemplem o maior número de cidadãos possível, e, obviamente, respeito às leis.
Mas quando um País tem sua classe política cheirando a carniça e instituições sob suspeitas, como aceitar e respeitar uma lei que legaliza o “jogo de azar” como esta que o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, entende e estabelece como “prioridade” na pauta da Casa? A legalização é um “jabuti” que Renan envia enrustida entre outras matérias para votação.
Ladainha
A velha ladainha se repete, o principal objetivo da liberação dos jogos de azar é a geração de empregos e o fortalecimento econômico regional pelo turismo. Ora, fortalece quem? O jogador vai a determinado lugar para jogar e não para circular pela cidade.
Linha reta
Outra colocação intrigante é a emenda que proíbe que, parentes em linha reta até 1º grau sejam proprietários ou sócios de casas de jogos.
Parente colateral
Mas, e os parentes colaterais? Aí é que mora o perigo, pois algum fulaninho dono de mandato eletivo pode ter primos, tios, ou algum parente por adoção e “acertar” licença para que um destes possa se beneficiar da lei.
Novos financiadores
Salvo que existam instrumentos confiáveis de fiscalização nas casas de jogos de azar que venham a se estabelecer, os donos de cassinos serão os futuros financiadores de campanhas eleitorais.
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