Reformar para nada mudar
A reforma política que poderia revitalizar nosso sistema político-eleitoral, ficou somente no âmbito do Congresso Nacional que mudou alguma coisa para que tudo continuasse “como dantes no quartel d’ Abrantes”.
O financiamento de campanha eleitoral por empresas privadas, continua.
O fim das coligações partidárias que poderia dificultar as ações dos ditos partidos de aluguéis e fortalecer legendas comprometidas com os interesses nacionais, não aconteceu, continua. O financiamento público de campanha eleitoral que poderia minimizar a corrupção e colocar todas as candidaturas no mesmo pé de igualdade financeira, foi voto vencido, não foi aprovado.
Cumprindo norma
A reforma política (sic), apreciada pela Câmara dos Deputados, seguiu para o Senado Federal que promoveu pequenas alterações voltou à Câmara, que por sua vez derrubou, senão todas, mas a grande maioria das poucas alterações propostas pelo Senado prevalecendo então, a vontade dos deputados. O caminho que a reforma percorreu serviu apenas para cumprir normas. Coisas da política!
Plebiscito
O Plebiscito sobre a reforma política que incluiria a população brasileira na discussão sobre os pontos a serem abordados e assim decidir sobre qual o sistema político-eleitoral que deseja, não aconteceu. A população ficou alijada do processo. A reforma política da maneira como foi “discutida” e aprovada pode ser considerada uma reforma capenga, pois atende muito mais aos interesses dos congressistas do que da sociedade como um todo.
Ansiedade aumentará
Caso a Presidente Dilma Rousseff sancione, na íntegra, até o final de setembro, as modificações votadas pelo Congresso Nacional em relação à reforma política, a ansiedade aumentará entre os interessados em concorrer a cargos eletivos, pois o prazo para filiação partidária que atualmente é de 01 (um) ano, reduzirá para 06 (seis) meses. Isso quer dizer que até março de 2016, as águas dos acertos políticos e filiações partidárias continuarão turvas.
Novas conversas
Esta possibilidade, caso concretizada, deverá redundar em novas rodadas de conversas entre os partidos políticos sobre as eleições do ano que vem. Com certeza, até mesmo aquelas conversas e acertos que estavam em fase final e prestes a bater o martelo deverão ser retomadas.
Janela
A janela partidária que permite aos parlamentares migração sem prejuízos aos seus mandatos só entrará em vigor após homologação do Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Assim que a medida for liberada pelo Tribunal, os parlamentares terão prazo de 30 (dias) para mudanças, finalizado o tempo, não poderão mais migrar a outras legendas sem que percam seus mandatos.
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