As passeatas de domingo (26) instigadas pelo Movimento “Vem Pra Rua” e “Movimento Brasil Livre” (MBL) não tiveram o mesmo êxito de outros tempos. Nem de longe atingiram as expectativas.
Na pauta: Apoio a Operação Lava Jato. Se de um lado o apoio à Lava Jato era visto como positivo, por outro, o apoio às reformas trabalhista e previdenciária assustou muita gente. Deu no que deu.
A pouca adesão pode sinalizar três situações:
- Que estes movimentos já não detêm a mesma credibilidade dos tempos do “impeachment de Dilma” quando afirmavam ser apartidários. O tempo se encarregou em trazer à tona que as coisas não eram bem assim. Desta vez não houve o mesmo aparato ou interesse da imprensa na divulgação.
- Por outro lado, a pouca adesão seria um indicativo de grande desinteresse daqueles que um dia saíram às ruas acreditando piamente que com o impeachment da então presidente Dilma a corrupção iria acabar e todos os envolvidos seriam colocados atrás das grades, etc,etc.
Praticamente nada disso aconteceu, salvo uma ou outra exceção. As denuncias de corrupção continuam a pipocar sobre vários partidos políticos, dentro do governo com diversos ministros, inclusive o presidente da República citados nas delações premiadas da Odebrecht e outras mais.
A segunda hipótese acredito ser a mais preocupante, uma vez que causou grande apatia na maioria das pessoas (a princípio, baixa adesão serve de parâmetro) que um dia acreditou estar no caminho certo, que a corrupção e os desmandos políticos estariam próximos, muito próximos do fim. A classe política deve estar fazendo a festa com essa “esfriada”.
Ninguém naquelas manifestações imaginava que o novo governo prestes a ser empossado poderia seguir pelo caminho das falcatruas, e de lambuja propor a “terceirização” que precariza a mão de obra retirando direitos da classe trabalhadora de um modo geral, a “reforma da previdência” que estabelece de forma avassaladora novas regras ferrando sem dó a vida e o futuro de todos os brasileiros. Segundo autoridades no assunto, a grande maioria dos trabalhadores brasileiros dificilmente gozará de uma aposentaria decente e tranquila.
3. Mas, apesar dos pesares, em decorrência das polêmicas propostas que o governo Temer manda para Congresso Nacional para aprovar a toque de caixa pode resultar em uma reflexão meticulosa objetiva e clara tanto pelos os chamados “coxinhas” quanto pelos “mortadelas” e minimizar o maniqueísmo e ataques virulentos observados nas redes sociais desde a campanha presidencial de 2014. Quem sabe? Povo desunido é povo vencido!!!
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