A “ponte para o futuro” retira direitos trabalhistas e abre mão do petróleo brasileiro. Nasceu quebrada!

A “Ponte para o Futuro”, projeto do PMDB num eventual governo de Michel Temer, conforme explicitado na alínea “D”, pretende olhar unicamente para a iniciativa privada fazendo amplas concessões em todas as áreas logísticas e infraestrutura, tanto quanto o tamanho da fome do Capital. Além disso, consta nos planos de Temer a entrega do petróleo brasileiro às grandes corporações, via concessões.

mercosul 2Prejuizos ao Mercosul

Já a alínea seguinte aponta uma abertura comercial mesmo “sem” o Mercado Comum do Sul (Mercosul)   –  desde sua criação a partir do Tratado de Assunção em março de 1991 cujos países signatários foram Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai com o objetivo de eliminar barreiras alfandegárias entre os países participantes e, principalmente, fortalecer a região no que diz respeito à industrialização e integração e, consequentemente valorizar a produção dos países do Cone Sul perante o  mercado internacional  – os EUA com sua política expansionista vem tentando enfraquecer o Mercosul e incorporar todos os países da região à sua economia.

Programas sociais

E sobre a tal “ponte”, em sua alínea “H”, passa também a deformação dos programas sociais implantados nos últimos anos sob a alegação de que o Brasil gasta muito com políticas públicas.

cltCLT

E continua o “Plano Temer”, sobre as questões trabalhistas tratadas na alínea “I”, à ideia é mexer, rasurar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) deixando de lado as conquistas e direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo de décadas no que diz respeito a aumento salarial e outros benefícios, ou seja, que as convenções coletivas se sobreponham ao que emana a lei. Essa condição poderá trazer sérias consequências à vida financeira da classe trabalhadora.

 

Fim dos benefícios

O plano Temer  também prevê a desvinculação dos benefícios previdenciários e assistenciais para deficientes e idosos de baixa renda do salário mínimo. Caso a proposta seja aprovada, esses benefícios passarão a ser corrigidos anualmente apenas pela inflação, sem ganho real de renda. O mercado agradece!

desmatamentoMeio ambiente

E como não poderia deixar de acontecer, a “ponte” chega até o Meio Ambiente provocando sérios prejuízos, ou seja, reduzir a burocracia às empresas que desejarem desmatar grandes áreas sem a necessidade de apresentar documentação de licenciamento ambiental para tanto, bastando apenas à apresentação de um EIA (Estudo de Impacto Ambiental) tão somente.

 

 

Tudo acertado

A PEC 65/2012 que trata da questão acima é de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e relatada por Blairo Maggi (PR-MT), um dos maiores produtores de soja do mundo, foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado federal na quarta-feira (27).  A “ponte” deu liga!

Repensar é preciso

Após meses seguidos, com a imprensa (des)informando nosso povo colocando em confronto e espalhando o ódio entre os brasileiros, estamos hoje diante da possibilidade de termos um governo com opção pelo Estado Mínimo onde o mais forte (elite econômica) vence em detrimento das grandes massas e de suas conquistas sociais. E mais, poderemos ver na Presidência da República, Eduardo Cunha, réu em dois processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Os cidadãos insuflados pela imprensa a participarem das passeatas pelo o fim da corrupção o que estarão pesando neste momento? A Lava Jato não pode parar, obrigatoriamente deve continuar.

 

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1551 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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