No real e no virtual, a cidade deve ser espaço de participação

 

Atualmente vivemos uma intensa interligação entre o mundo real e virtual, que esta presente em nossa vida pessoal bem como em instituições e empresas e também na vida das cidades e sua dinâmica.  As cidades estão presentes em dois mundos, ou seja, um mundo que pulsa nas praças, nas ruas, nos locais de trabalho, estudo e outro que navega pelas máquinas, pela tecnologia.

E o que antes se restringia a um determinado local, pode em poucos minutos extrapolar para o mundo.  E no espaço virtual, se algo for interessante e agregue algum valor, pode influenciar positivamente outras cidades ou pessoas levando consigo muitas vezes o nome da cidade, sua imagem e sua dinâmica. Mas se for algo negativo pode provocar revolta e desprezo pela cidade ou pelo fato que ali aconteceu.

As redes virtuais podem em alguns casos, reunir muito mais pessoas nas discussões sobre algum aspecto real da cidade do que uma reunião em praça pública.

Assim como acontece na vida real, no espaço virtual muitos apenas observam e temem envolver-se nas discussões e outros não tem acesso por vários motivos, sendo às vezes, os mesmos que impedem que essas pessoas frequentem alguns espaços reais da cidade. Motivos tais, como falta de conhecimento, condições econômicas, não disponibilização de determinada estrutura, falta de equipamentos, etc.

Da mesma forma que a cidade real, a cidade virtual está em construção e constante mudança. Pessoas chegam e tentam participar, se forem bem recebidas acabam contribuindo com ideias e inovações, agregando valor a determinadas conversas no espaço virtual que pode acabar contribuindo para a dinâmica do espaço real da cidade. Mas pode acontecer, que assim como no espaço real, há pessoas que chegam ou que frequentam determinados lugares apenas com o objetivo de depredar, pichar. Entrando também no espaço virtual conseguem espalhar o vírus da destruição, atingindo quem está nesse espaço e também quem está do lado de fora.

Esta nova maneira de encontros, relacionamentos e conversas, onde o real e o virtual compartilham diálogos e pensamentos sobre as cidades, pode desenvolver uma nova dinâmica na reorganização dos espaços urbanos, fazendo com que as pessoas sejam o bem mais precioso a ser cuidado e a ter suas necessidades realmente atendidas com dignidade e igualdade. Acontece que muitos gestores municipais, ainda não perceberam que essa integração da população com a administração das cidades via redes sociais virtuais pode ser positiva e bloqueiam, impedem que determinadas pessoas interajam nas páginas que divulgam atos da administração municipal.  Assim como em outras cidades pelo Brasil afora, em nossa cidade não é diferente e vários cidadãos tem sua participação virtual cerceada impedindo que possam com suas reflexões, críticas, questionamentos e soluções, ajudar na dinâmica da cidade e de sua administração.

Para ser uma cidade com administração inovadora, transparente e participativa, os cidadãos precisam ter acesso facilitado, incentivado e ser ouvidos, tanto nos espaços reais quanto nos virtuais que dizem respeito a cidade e sua administração.

Observe e comente:

A administração da cidade que você mora, incentiva a participação dos cidadãos na sua página virtual permitindo que os mesmos colaborem com reflexões, críticas, questionamentos e buscas de soluções para os desafios que permeiam a vida e a dinâmica da cidade?

Irene Grockotzki

 

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1551 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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