O projeto de lei “Escola Sem Partido”, de autoria do deputado Gilson de Souza (PSC) que proíbe a discussão política em sala de aula tramita na Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP). Caso seja aprovado, demonstrará limitada e distorcida visão dos nossos representantes. O deputado é pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Na emoção
Provavelmente, a iniciativa do deputado tenha sido tomada num rompante emocional, pois castrar a oportunidade de aperfeiçoamento do conhecimento dos estudantes em relação às coisas da política é condicionar, a racionalidade, ao manto da ignorância.
Proteger
Na visão do deputado, o polêmico projeto visa a “proteção” dos alunos e a “garantia” do cumprimento da ,pastor
Segundo o parlamentar, a iniciativa não seria da chamada bancada evangélica.
Exercer a democracia
Ora, nossa Democracia é recente e seu aperfeiçoamento exige participação popular, pois quanto maiores forem as oportunidades de exercê-la, maiores serão as oportunidades de aprimoramento. O contrário representa visão míope e retrocesso democrático com efeitos negativos para o entendimento sobre nosso sistema político-eleitoral.
Ensino Médio
Propostas que alavanquem o conhecimento político e que despertem maior interesse à classe estudantil não são colocadas em discussões. Por exemplo, a inclusão da disciplina de Ciência Política no Ensino Médio paranaense como passo importante para aperfeiçoamento do processo democrático não entra na pauta da ALEP. Deveria!
Liberdade de expressão
Urge que a maioria dos parlamentares paranaenses, em nome da Democracia abracem a luta pela liberdade de expressão e pelo enriquecimento do conhecimento técnico-político dos nossos jovens estudantes, pois estas condições são instrumentos essenciais à cristalização democrática e não podem ser impedidos ou tolhidos por um projeto irresponsável e canhestro como este que aliás, beira a insanidade intelectual.
Como garantir a pluralidade de idéias cerceando o direito do diálogo, da discussão e da exposição da dúvida? É no mínimo um contrassenso!
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