Há pouco tempo atrás, a justiça Suíça permitia que pessoas do mundo inteiro abrissem contas e movimentassem somas de dinheiro sem nenhuma cerimônia. As contas eram apenas numeradas, não havia necessidade informações e dados pessoais e, por conta disso, qualquer cliente que desejasse “amoitar” dinheiro de origem duvidosa encontrava lá o seu paraíso.
Os tempos são outros
Após exigências internacionais capitaneadas pelos E.U.A. sob alegação de que terroristas estariam usando o anonimato para transações de compras de armas e financiamento de ações radicais, o sistema financeira suíço mudou de atitude e passou a exigir informações pessoais para abertura de contas.
A blindagem que o anonimato permitia já não existe mais e, aos poucos, os donos do dinheiro conseguido de forma ilegal vão encontrando dificuldades para se manterem “invisíveis”.
Contas secretas
É o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que, segundo a imprensa, mantém contas secretas na Suíça. Após investigações sobre movimentações financeiras do deputado e de seus familiares a justiça daquele país resolveu por bem enviar ao Brasil os dados apurados, uma vez que Cunha é brasileiro nato e não pode ser extraditado. A Procuradoria Geral da União irá dar seguimento as investigações das movimentações bancárias além mar do parlamentar.
Nada a declarar
Ontem, ao ser indagado pela imprensa sobre o caso, Cunha disse que nada iria comentar e que seu advogado é que falaria por ele. Mas como pode o parlamentar, com a posição que ostenta na linha sucessória de governo (terceiro) simplesmente se negar a falar sobre esta grave situação?
Não viaja mais
Após o assunto, “contas secretas” vir à tona, Cunha cancelou até mesmo uma viagem que faria à Itália para participar do Primeiro Fórum Parlamentar Itália – América Latina e Caribe alegando que irá participar das festividades do casamento de seu colega de partido Senador Romero Jucá.
Mui amigo
Cunha disse que a viagem não valeria a pena. “Achei que era muito corrida para um evento que não tem o tamanho que justificasse uma corrida tão grande”. “Sou muito amigo do Jucá”, concluiu.
Esposa
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a Justiça da Suíça teria encontrado 04 (quatro) contas movimentadas por Eduardo Cunha. Informa ainda que sua mulher, Claudia Cordeiro Cruz, ex-Globo também estaria envolvida nas falcatruas.
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