Com a corda no pescoço
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado pela Justiça da Suíça de movimentar cerca de UU$ 5 milhões sem justificar a origem da grana, talvez dando os últimos suspiros ainda fala em dar seqüência aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). PSDB e DEM já sinalizaram afastamento caso sejam comprovadas as acusações das “contas secretas” de Cunha. E também de que ele tenha mentido na CPI da Petrobras.
Só com reza brava
Frase de um deputado oposicionista ao governo federal: “Resta agora rezar para que a conta só apareça mesmo depois da votação do impeachment”. No entanto Cunha se diz alvo de pura perseguição e politicagem.
Aguardar
Deputado Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB, defendeu Cunha dizendo: “Até que se conclua qualquer processo, até que ele seja julgado, a presunção da inocência tem que ser respeitada. Defendo seguir a investigação normal e aguardar o fim do julgamento. Não pode haver prejulgamento”, disse.
Direitos
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF): “Todos têm direito ao princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório. Vale para qualquer cidadão brasileiro”.
Sem motivos
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), outro investigado na Operação Lava Jato, disse não ver motivos para afastamento de Cunha.
Nada podem
O ex-comunista e presidente Nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP) também saiu em defesa de Eduardo Cunha alegando que é Dilma a culpada. Freire disse ainda que os parlamentares nada podem fazer no caso, apenas o STF, mas que a mobilização pró-impeachment continua. “Não há perda de autoridade, e nem a mobilização pró-impeachment sairá enfraquecida com as novas denúncias contra Eduardo Cunha. Nada muda na nossa estratégia, e o PPS manterá a mesma postura de aguardar o julgamento do Supremo”, concluiu.
O todo poderoso
O líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), em defesa de Cunha disse: “Se não houve impedimento judicial para se manter deputado, ele pode tudo. A Justiça é quem deve dizer. E devemos sempre garantir a presunção da inocência”.
Zé Agripino, afastamento não
O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), citado em delação premiada feita pelo empresário do Rio Grande do Norte George Olímpio de que teria pedido propina de R$1 milhão para facilitar esquema falcatruas no serviço de inspeção veicular do estado falou que as denúncias são graves e que seu partido vai incentivar as investigações, mas sem pedir o afastamento de Cunha até o julgamento do Supremo: “Não vamos fazer prejulgamento.
Corporativismo
Não é de estranhar os posicionamentos acima, afinal estão todos no mesmo barco e o que interessa às personalidades envolvidas é o desgaste do governo e, consequentemente, a tomada do Poder a qualquer custo. Se passar rodo é bem provável que ninguém fique em pé.
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