Bastou uma pandemia, para vários mitos ultraliberais caírem: por Manoel J de Souza Neto*

Bastou uma pandemia, para vários mitos ultraliberais caírem. O capital e o patrão geram valor, por isso tudo lhes pertence. Não, quem gera valor é o trabalhador e seu trabalho. Economia mundial parou e patrões estão desesperados pedindo que voltem ao trabalho. Agora os trabalhadores que se deem conta de seu poder. O homem não interfere na natureza, nem no aquecimento global.
Interfere sim. A terra está com seu movimento alterado pelo menor movimento dos humanos. Animais saindo nas ruas, acasalando no zoo, e a poluição diminuiu. Os seres humanos que assumam suas responsabilidades com a natureza.
O que produz valor em uma peça é sua qualidade.
Não, é sua escassez diante de suas demanda (teoria do valor). Todo tipo de produto de primeira necessidade que faltou por qualquer motivo, disparou o preço durante a pandemia, como máscaras, álcool gel, etc.
A cultura não tem importância.
Tem sim, as pessoas sentem saudades, ouvem mais música, querem estar em festas coletivas, valorizam mais suas comunidades, tradições e nacionalidades. E mesmo quem tem cultura impregnada na indústria cultural, não larga netflix na quarentena. Cultura é tudo.
O mercado resolve tudo.
Não, não resolve nada e lá estão todos na fila do pão pedindo apoio e dinheiro ao governos do mundo. Dinheiro do governo, é dinheiro do povo. Logo quem paga a conta é o contribuinte. Empresas e banqueiros dependem do dinheiro da soma da produção total e reservas financeiras que vem do trabalho dos povos.
Fica rico, ou ocupa postos de importância quem merece, a tal da “Meritocracia”.
Em meio a pandemia, ricos, governantes e burocratas se revelam incompetentes, não sabendo o que fazer, errando, mentindo, não acreditando na ciência e conhecimento, e ao final, como Boris Johnson da Inglaterra, pegando o vírus ao qual dias antes negava a existência e letalidade, se mostrando um asno, que nem o Bolsonaro.
Os cidadãos de bem são conservadores e defensores da família, da fé e do bem.
Não, e é evidente que empresários, políticos, celebridades e outros que se declaram cidadãos de bem, neste momento pregam que os trabalhadores se arrisquem sem infraestrutura de segurança, UTIS, máscaras, nem nada, e voltem ao trabalho, pois segundo eles a vida vale menos que o lucro deles. Cidadãos do mal, isso sim…
A ciência não vale nada, são uns esquerdistas, está aparelhada por comunistas mentirosos.
Não, a ciência tem estudos, métodos, analise e busca soluções para resolver problemas e aprimorar os conhecimentos já existentes, sendo fundamental em tudo, concentrando humanistas que querem o bem da espécie. Agora a maioria da população clama para que a ciência venha lhes salvar da pandemia.
Estado tem que ser ultraliberal, Estado Mínimo, “privatiza tudo” e os governos que interferem nessa relação seriam comunistas.
Não, o Estado, é a soma de todos e diante de crises tem papel de fomentar as relações, azeitar a maquina e resguardar suas partes, sejam setores produtivos, instituições e sua população. Um Estado que pratica política de fomento e injeção de capital, não é comunista. Os mais diferentes tipos de Estado estão tomando essas medidas, pois o tempo em que vivemos exige isso.
O que essa pandemia e quarentena forçada está ensinando, é que a humanidade é maior que o discurso dos opressores e as mentiras foram desfeitas. Se o povo despertar com o que está sendo revelado, o mundo será outro após o ápice dessa crise e a humanidade sairá fortalecida.
*Manoel J. de Souza Neto:estudioso da Guerra Hibrida e Doutinra de Choque, escritor e agitador cultural. Promoveu estudos sobre jornadas de junho de 2013, e antecipou conflitos como o impeachment de Dilma, o projeto de capitalismo de catástrofe do governo Bolsonaro e recentemente previu a crise de pandemia e seus efeitos para o Brasil.

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1551 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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