Democracia custa caro, ditadura não.
A democracia é instrumento importante para a conciliação, entendimento ou apaziguamento de conflitos entre grupos de opiniões opostas, pois ela oportuniza o diálogo entre as partes.
No entanto, a democracia custa caro, pois implica em custos financeiros para criar e manter instituições públicas em pleno funcionamento como por exemplo, instituições políticas, sistema judiciário e governos nas três esferas entre tantos outros órgãos necessários à manutenção do Estado Democrático de Direito.
Já, ditadura não, ao contrário, é coisa barata, pois depende apenas de um ditador e um eficiente e violento aparelho de repressão.
Fundo eleitoral é democrático
O Fundo Eleitoral (Fundão) é um dos componentes do custo da democracia, pois tende a colocar todas as candidaturas na mesma posição financeira (se bem distribuídas pelas direções partidárias) durante as disputas eleitorais. Desta forma, democratiza o processo eleitoral, uma vez que põe todas as candidaturas no mesmo pé de igualdade.
Neste contexto, os partidos políticos, mesmo com seus vícios, são instrumentos importantes sob o ponto de vista dos pilares da democracia.
Relação interpartidária
Partindo do princípio de que partidos políticos são instrumentos basilares da democracia, estes, obrigatoriamente devem agir internamente de forma democrática, ou seja, durante os processos ou disputas eleitorais considerar todas as candidaturas da mesma forma e com os mesmos direitos, sem privilegiar quem quer que seja.
Fundão aprovado
A proposta do aumento que triplicou o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (fundão eleitoral) aprovada pelos deputados e senadores, vem recebendo críticas via redes sociais e na imprensa corporativa.
Críticas oportunistas
As críticas não trazem ou não apontam à realidade em relação às disputas eleitoras, aliás, estas, estão cada vez mais sofisticadas, mais caras e não atentam para o princípio da igualdade.
Quem tem não sente falta
Candidaturas abastadas não sentem a falta do financiamento público de campanha eleitoral, ao contrário das candidaturas com recursos escassos. Como também não sentem essa falta as candidaturas que disputam reeleição, pois elas já estão no poder e são visualizadas diuturnamente durante seus mandatos pela população.
Só nome não dá caldo
As demais candidaturas dependem, entre outros fatores, de dinheiro, de verbas para se aproximarem, serem vistas e conhecidas junto à opinião pública.
Mesmo nomes já conhecidos também sofrem com a escassez de verbas, pois, campanhas eleitorais exigem gastos com formação de grupos de apoio como cabos eleitorais, assessores, despesas com combustíveis, alimentação e mídia de diversas formas para incrementar a comunicação em relação às propostas a serem apresentadas ao eleitorado.
Fundo eleitoral não é desvio, desvio é oura coisa
Fundo eleitoral não é desvio de verba pública, desvio de verba pública acontece nas negociatas entre administradores públicos e fornecedores de produtos e de serviços.
As negociações nebulosas realizadas na calada da noite ou entre quatro paredes são exemplos da malversação do dinheiro público onde o desvio de verbas públicas corre solto.
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