A “boa governança” implica também em distribuição de cargos

Existem 34 partidos políticos registrados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, no Congresso Nacional 28 (vinte e oito) partidos estão representados o que de certa forma dificulta a governabilidade, pois os interesses de cada qual são os mesmos, ou seja, participação no poder , porém, as vagas no chamado “primeiro escalão” são reservadas aos partidos com maior capacidade eleitoral.

Nanicos

Os chamados partidos nanicos passam então a sofrer assédios de todas as formas para acompanhar votações aqui e acolá em matérias que muitas vezes colocam em xeque a credibilidade do governo sejam por não conseguir barra-las no voto, ou então por não ter suporte financeiro para executar aquilo que foi aprovado.

Funções

Mas, esse número de partidos devidamente cadastrados no Superior Tribunal Eleitoral (STE), se por um lado são representativos de parcela da sociedade, por outro, alguns podem servir simplesmente como siglas de alugueis durante os processos eleitorais ou durante votações de  matérias polêmicas no Congresso.

Participação feminina

Talvez uma modificação legal via Reforma Política poderá depurar a representatividade no Congresso, por exemplo, eliminando qualquer possibilidade de coligação partidária. Todo o partido que desejar  disputar os processos eleitorais deverá ter chapa própria e completa.  Assim, todas as agremiações partidárias, obrigatoriamente terão que valorizar seus filiados, seus quadros e a sociedade de um modo geral, uma vez que terão que apresentar, a cada eleição, nas três instâncias, suas propostas de governo. Além disso, a participação feminina na vida política brasileira poderá ter importantes avanços no Congresso Nacional.

Relacionamento 

Quanto à gestão governativa ela pode acontecer de duas formas, positiva ou negativa. Positiva, se o governo formar base forte no Congresso para aprovar as propostas desejadas para cumprir as metas desejadas e, negativa se não obter a maioria, pois aí fica a mercê da boa vontade das lideranças partidárias.

Porém, “a boa vontade” poderá ser atraída pelos cargos de primeiro escalão cujas nomeações são prerrogativas do Presidente da República. A boa governança é baseada nas relações políticas que implica em distribuição de cargos como forma de retribuição. Dilma Rousseff, além do reflexo econômico mundial, sofre também pressões políticas  justamente pouca flexibilidade no relacionamento político interno. Afinal, segundo Maquiavel (1469-1527), o “poder é dividido”.

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