Bancada da bala
A “bancada da bala” quer aprovar a todo custo a liberação do porte de armas a qualquer cidadão conforme PL 3.722/2012, do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) e pior, sem nenhuma necessidade de que o interessado em carregar na cintura um trabuco tenha que dar satisfação à Polícia Federal sobre a motivação em desfilar armado pelas ruas da cidade. Rua compreende-se todos os lugares que não a casa onde resida.
Abastecendo o inimigo
Ao longo do tempo, inúmeros casos de roubos de armas e assassinatos de seus proprietários ou familiares quando assaltados são estampados nos jornais, telejornais e rádios quase que diariamente. A surpresa é forte aliada da marginalidade não possibilitando qualquer reação à vítima, a não ser a do pavor. As armas roubadas abastecem e ampliam o arsenal da delinqüência.
Acidentes fatais
Há que se levar em conta e raciocinar quanto ao número de acidentes caseiros com armas de fogo que tiram a vida tanto de crianças quanto de adultos.
Outros fatores que devem ser levados em consideração são os constantes crimes com uso de armas de fogo contra a vida motivados por brigas no trânsito, pois a fronteira entre a lucidez e o ódio é tênue.
Sempre a mesma
A alegação para a liberação é sempre a mesma, “a segurança do cidadão brasileiro e todos temos o direito de andar armados”. Ora, ora, em nenhum momento os defensores das armas propõe a necessidade de que os interessados passem por exames psicológicos, cursos sobre manejo e conhecimento específico sobre a arma que queira adquirir (não faço aqui nenhuma defesa sobre o porte de armas)
Responsabilidade conjunta
Seria de bom tamanho que os profissionais da saúde que aprovassem clinicamente indivíduos a portarem armas de fogo fossem também responsabilizados sobre quaisquer atos que estes venham a cometer com uma arma de fogo. Esta seria uma forma de evitar fraudes nos exames, ou mesmo que usem artifícios como “jeitinho brasileiro” para justificar determinadas liberações.
Ficar como esta
Por outro lado, entidades que defendem o desarmamento estão trabalhando politicamente para que o Estatuto do Desarmamento não sofra nenhuma modificação, que seja mantida a proibição do porte de armas no Brasil, segundo o diretor executivo do Instituto “Sou da Paz”, Ivan Marques.
Cunha
A “bancada da bala” conta com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que em troca poderá contribuir para que as investigações do Procurador da República Rodrigo Janot sobre denuncias contra Cunha e seus familiares de possuírem contas secretas na Suíça com dinheiro de propinas da Petrobras não tenham sucesso e assim evitar sua deposição da Presidência da Casa de Leis dos brasileiros. Que ironia!
Sem Consulta
A indústria de armas que teria financiado a campanha de parlamentares da “bancada” agradece imensamente. A população não foi consultada pelas vias Constitucionais sobre o projeto a fim de apontar o caminho a seguir, apenas matérias divulgadas como resultados de enquetes não são criveis quanto sua aprovação ou não.
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