Redução salarial de vereadores pode implicar em elitização das Câmaras

Movimentos populares exigindo redução salarial de vereadores “pululam” em várias regiões e municípios do país, a princípio, de forma interativa em diversas redes sociais. O que chama a atenção é a ausência de liderança única, pois todos, ao mesmo tempo, são lideres voluntários e protagonistas destes movimentos. Discutem virtualmente alguma situação e decidem desta mesma forma, os próximos passos, ou seja, como, quando e onde se encontrar e a quem enfrentar.  Novos tempos!  Novíssimos instrumentos permitem diálogo em tempo real onde a distancia já não é mais problema; deixou existir.

 

 

Só aquinhoados

A redução salarial nas câmaras de vereadores exigida pela população precisa ser debatida de forma pacífica e coerente, pois poderá implicar em deficiência na representatividade política, ou seja, a possibilidade de termos somente parlamentares aquinhoados deve ser levada em conta. Quem seriam estes? Claro que no sistema eleitoral atual, candidaturas mais endinheiradas vem levando vantagem há muito tempo sobre candidaturas escassas.

Sobrevivência

Pressupõe-se que a redução deva preservar as necessidades de sobrevivência dos parlamentares, uma vez que alguns possam depender exclusivamente do salário para sustento próprio, outros não.

Iniciativa privada

Por outro lado, os vereadores, por conta dos Regimentos Internos das Câmaras Municipais deste Brasil afora comparecerem às sessões ordinárias normalmente uma vez por semana e em período noturno. Portanto, aqueles de pouco poder aquisitivo podem exercer funções na iniciativa privada e assim, minimizar as consequências das possíveis reduções salariais drásticas.

Ganhos superiores

Mas é preciso lembrar que os salários dos Legislativos estadual e federal também devem passar pelo crivo da sociedade, pois afinal, baseado nos ganhos dos poderes superiores são calculados os salários aqui embaixo. Justiça seja feita

 

 

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