Matéria divulgada pela RPCTV e pelo Jornal Gazeta do Povo apontou que o Ministério Público enviou denúncia ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) acusando o Deputado Nelson Justus (DEM), além de outros 31 funcionários de seu gabinete de cometerem vários crimes com objetivo de apropriarem-se de dinheiro público. O fato teria ocorrido quando o parlamentar ocupou a presidência da Assembleia Legislativa, no período de 2007 a 2010.
Crimes
O processo do Ministério Público tem mais de 350 páginas e os promotores descrevem o roteiro das ações. As acusações são de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. De acordo a denúncia, todos os envolvidos na quadrilha agiam seguindo ordens de Nelson Justus, desviando dinheiro público de várias formas em benefício pessoal do deputado e de todos que participam da quadrilha, além do envolvimento de terceiros.
Inchaço de funcionários
Um dos crimes cometidos foi ter inchado o quadro de funcionários de seu gabinete durante os quatro anos que presidiu a Assembleia Legislativa do Paraná. Nelson Justus, no período que assumiu a presidência, em fevereiro de 2007, tinha no seu quadro de funcionários 21 servidores, com um custo mensal de mais de 83 mil reais. Entretanto, entre fevereiro de 2007 a abril de 2010, a quantidade de funcionários foi de 345 comissionados na presidência, totalizando um valor mensal de 687 mil reais. A matéria revelou que em novembro de 2009, esta mesma quantidade de funcionários chegou a custar mais de 1 milhão de reais.
Saque das contas
Foi revelado que nos dias de pagamento dos salários, varias saques e descontos de cheques das contas dos funcionários fantasmas foram feitos por uma única pessoa na boca do caixa do banco instalado nas dependências da Assembleia Legislativa do Paraná.
Justus não se manifestou
Nelson Justus esteve na sessão de Assembleia desta terça-feira (10), mas não falou com a imprensa.
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