Duas gerações
A disputa pela Presidência da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) coloca duas gerações em evidencia. Se de um lado tem o deputado “sessentão” Ademar Traiano (PSDB) que desfruta de um estreito relacionamento com o governador e correligionário Beto Richa, de outro, aparece o jovem “trintão” recém eleito deputado Ratinho Jr (PSC) e também bastante próximo ao governador prometendo lutar com todas as forças para chegar a principal cadeira da ALEP.
2018
Claro que todos os envolvidos nesta disputa e, principalmente Traino e Ratinho JR sabem que a coesão partidária é um instrumento importante e necessário para a governança e que o melhor caminho a seguir é o do consenso. Os dois oponentes sabem também que 2018 faz parte dos interesses que rondam a disputa pela Presidência em questão.
Bancada governista
Dos 54 (cinquenta e quatro) deputados estaduais eleitos nas últimas eleições, 47 (quarenta e sete) são da bancada governista e a tendência é que possam aderir à candidatura de Traiano.
Conquistar deputados
Entre as (54) cadeiras estão incluídas as 12 dos deputados eleitos pelo PSC de Ratinho Jr que para obter a maioria dos votos necessários 28 (vinte e oito) e alcançar seu objetivo na disputa terá que conquistar a adesão de 16 (dezesseis) parlamentares distribuídos em outras siglas.
A arte de engolir sapos
Como diria Nereu Ramos (1888/1958), “a política é a arte de engolir sapos”. Talvez esta máxima sirva como reflexão e possibilite uma negociação honrosa para ambas as partes, ou seja, que Traiano, apoiado por Berto Richa seja o indicado à Presidência da ALEP e Ratinho Jr venha a ocupar a 1ª Secretaria da Assembleia e, num futuro breve, seja escolhido para dirigir a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (SEDU) pasta que lhe daria condições para trabalhar politicamente o terreno visando a disputa do governo do estado do Paraná em 2018.
Fim da reeleição na ALEP
Mas, o que teria levado o atual presidente da ALEP Valdir Rossoni (PSDB) eleito em 2011 e reeleito em 2013) a propor o fim da reeleição à Presidência ALEP justamente em seu último mandato como deputado estadual? Seria uma espécie de antídoto contra Ratinho Jr numa eventual vitória sobre Traiano? Será que ouve influência da família Barros na decisão de Rossoni?
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