Economia Política da Crise, segunda parte: por Marcelo Marcelino*

Na discussão anterior, a economia política da crise, na sua abordagem introdutória procura explicar que a economia capitalista moderna, impulsionada pela revolução industrial inglesa construiu um sistema mundial integrado, não apenas no sentido econômico, mas numa totalidade estrutural denominada de sistema capitalista.
Esse sistema não integrou apenas mercados com o avanço da indústria, comércio, serviços, agricultura e outros diversos segmentos econômicos, mas principalmente guiou os comportamentos e as práticas dos seres humanos ao redor do planeta.
As formas de interação social e a cultura foram também reordenadas no plano das relações de troca das mais variadas. Os aspectos simbólicos e todas as tradições e heranças da humanidade foram reposicionadas num nível de racionalidade jamais experimentado mesmo as relações mais intangíveis complexas
O sistema político com a implantação da República moderna e a já conhecida democracia liberal burguesa com seu modus operandi representativo estão presentes no atual momento histórico apesar da sua crise sistêmica assim acompanhando a própria crise do capitalismo atual em tempos de pandemia global
A segunda revolução industrial de meados do século XIX dará o tom mais bem acabado das crises que virão já que a partir de agora o capitalismo passa a contar com as grandes invenções e inovações da Era Moderna como a energia elétrica, o telefone e todo o progresso técnico científico aliado numa simbiose orquestrada para elevar de forma exponencial o projeto do sistema capitalista a níveis jamais vistos anteriormente.
As grandes nações passam a disputar com maior vigor a hegemonia do mercado mundial na esfera do capital e atravessaram a entrada do século XX de baionetas nas mãos para defender a expansão das suas fronteiras rumo a expansão do capitalismo expressa no terceiro livro da trilogiera moderna, era dos imperios,a de Eric Hobsbawn como A Era dos Impérios.
*Marcelo Gonçalves Marcelino e economista, sociólogo, cientista político, professor e pesquisador do NEP – núcleo de estudos paranaenses e do Nesef – núcleo da educação filosófica ambos da UFPR, além de coordenador da ACD – auditoria cidadã da dívida pública em Curitiba – PR

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1551 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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