Congresso tomou as rédeas
Bolsonaro que iniciou seu primeiro ano de governo com popularidade alta, por conta de seus posicionamentos e declarações extremadas, a cada dia, vem perdendo altitude. Também as relações com o Congresso Nacional ficam mais difíceis, mais complicadas.
Quem está “pilotando” agenda Brasil é o próprio Congresso Nacional através de seus presidentes Rodrigo Maia e David Alcolumbre, respectivamente Câmara Federal e Senado Federal que assumiram as rédeas da carruagem.
Não a coalizão
O Presidente, para manter a proposta de campanha da tal “nova política”, não faz nenhuma questão de calibrar a aproximação com o Congresso chamando para pastas ministeriais deputados, senadores ou indicados destes. Bolsonaro não faz nenhum aceno neste sentido, não quer saber de governo de coalizão.
Tal posicionamento poderá, doravante, configurar prejuízos políticos.
Teimosia
Teimosamente e beirando a infantilidade, Bolsonaro não abre a guarda para melhorar as relações políticas com as Casas Legislativas, quer dar continuidade à proposta de campanha para passar a percepção ao seu eleitorado de que está no caminho certo. Assim, rechaça qualquer outra forma de relacionamento que não seja em “nome da nova política”. Tenho lá minhas dúvidas se ele saberia explicar de forma contundente o significado de “nova política”?
Presidencialismo de coalizão
O presidencialismo de coalizão é a maneira de o Poder Executivo conduzir a administração pública que implica na distribuição de cargos administrativos em para obter apoio político visando a formação de um quadro de sustentação importante, ou seja, obter a maioria no Congresso Nacional.
Todos os presidentes de então que trabalharam neste sentido, presidencialismo de coalizão, pois a boa governança depende de relacionamentos estreitos e civilizados.
Governança
O bom relacionamento com o Congresso possibilita a governança no sentido de agilizar a aprovação das pautas presidências. O contrário, ocasiona desgastes desnecessários para o governo. Afinal, o “poder é dividido”, portanto, a melhor forma de se manter no poder é trabalhar pelo consenso.
Habilidade política
Claro, não basta a um governante ter a maioria no Congresso nacional se este não tiver habilidade política e não dominar a arte da negociação. Afinal, quem detém o poder de aprovar ou não medidas provisórias, projetos de interesse do governo é o Legislativo.
Moral baixa
Bolsonaro não está com tanta moral junto ao Estado Maior do Exército, como procura aparentar.
Apesar de ter enxotado todos os civis dos ministérios “palacianos” e ter nomeado generais como o Gal. Walter Braga Netto para a Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos Secretaria de Governo, Augusto Heleno para o GSI, e Jorge Oliveira, major da Polícia Militar do Distrito Federal para a Secretaria-Geral, a grande maioria dos generais da ativa não compareceram na posse do novo Ministro da Casa Civil. Segundo o cientista político Alberto Carlos Almeida, apenas dois se fizeram presentes.
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